A SPES, é uma associação de carácter cultural e científico de pessoas individuais e colectivas, com os seguintes objectivos:
a) Fomentar, em Portugal, o desenvolvimento da Engenharia Sísmica, Sismologia e Prevenção e Defesa contra os Sismos, promovendo a divulgação da informação, o intercâmbio científico e técnico entre os seus associados e a organização de reuniões, colóquios e conferências ou outras iniciativas de carácter análogo.
b) Assegurar a representação Portuguesa nas Associações Europeia e Internacional de Engenharia Sísmica (EAEE e IAEE).
O programa de atuação a desenvolver pela SPES neste mandato, irá respeitar e prosseguir as ações desenvolvidas pela anterior direção, considerando que há ainda muito a fazer no domínio da sensibilização do poder público e da sociedade em geral para a relevância que o risco sísmico tem em grande parte do nosso território e para o grave impacto que pode originar no tecido económico e social do nosso País.
Tome-se como exemplo a mais recente legislação, Decreto Lei nº 53 de 8 de Abril de 2014, que enunciando o objetivo estratégico e um desígnio nacional de promover a reabilitação urbana, dando prioridade a uma aposta num paradigma de cidades com sistemas coerentes e bairros vividos, introduz um artigo relativo à salvaguarda estrutural (artigo 9º) onde se refere que “As intervenções em edifícios existentes não podem diminuir as condições de segurança e de salubridade da edificação nem a segurança estrutural e sísmica do edifício”, não questionando que segurança estrutural e sísmica é que os edifícios existentes possuem. Ou seja pode-se reabilitar um edifício degradado, sem condições de habitabilidade, permitindo que esse edifício seja habitado por um número considerável de famílias, sem questionar se apresenta as mínimas condições de segurança estrutural ou possui alguma capacidade sismo–resistente.
Num contexto sócio-económico em que se investe na segurança e inovação nos mais diversos sectores (i.e. automóvel, alimentar, eficiência energética e qualidade do ar), exigindo a sua certificação, pode-se sacrificar a segurança das pessoas em nome uma reabilitação mais barata? Esta é uma questão que temos para enfrentar. Consideramos que é legítimo que quem habita uma casa, fração ou prédio tenha direito a saber o nível de segurança sísmica do que usa e, por isso, defendemos que deve existir uma certificação do nível de segurança sísmica dos edifícios. Este é um objetivo ético desta direção e tudo faremos para o conseguir.
A Engenharia Sísmica teve o seu início, em Portugal, após o sismo de 1 de Novembro de 1755, uma vez que na reconstrução da cidade de Lisboa foram utilizados sistemas estruturais e construtivos que garantiam segurança acrescida em relação às acções sísmicas (edifícios pombalinos).
O desenvolvimento, em Portugal, da Engenharia Sísmica moderna, com base em critérios científicos, remonta à década de 50, impulsionado pelo Eng. Júlio Ferry Borges que, em 1958, e após a realização do Simpósio sobre os Efeitos dos Sismos e a sua Consideração no Dimensionamento das Construções, participou na redacção do primeiro código de construção anti sísmica em Portugal, o Regulamento de Segurança das Construções Contra os Sismos.
A Sociedade Portuguesa de Engenharia Sísmica, SPES, foi criada em 1973 com o apoio do Laboratório Nacional de Engenharia Civil, LNEC, e do Instituto Nacional de Meteorologia e Geofísica, na continuidade do Grupo Português de Engenharia Sísmica que já cumpria, embora informalmente, os objectivos estatutários da SPES.
Hoje a SPES acolhe todos os que, das diferentes áreas do conhecimento, se preocupam com a tarefa de minimização do risco sísmico, colocando a ciência e a técnica ao serviço desse objectivo ético.
JOÃO AZEVEDO
Presidente
Professor catedrático, Instituto Superior Técnico
LUIS GUERREIRO
Tesoureiro
Professor Associado do Departamento de Engenharia Civil, Arquitectura e Georrecursos do IST
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DANIEL OLIVEIRA
Vogal
Professor Associado, Departamento de Engenharia Civil, Universidade do Minho.
ALEXANDRA CARVALHO
Secretário
Investigadora Auxiliar do Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC), Departamento de Estruturas.
FRANCISCO FERNANDES
Vogal
Diretor do Laboratório Regional de Engenharia Civil dos Açores.
XAVIER ROMÃO
Vogal
Professor Assitentes Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto.
MÓNICA AMARAL FERREIRA
Vogal
Bolseira de Investigação, Instituto Superior Técnico
Uma iniciativa da SPES (Sociedade Portuguesa de Engenharia Sísmica), visa homenagear a figura do Prof. Sousa Oliveira e incentivar e premiar a elaboração, por membros da SPES, de publicações (artigos científicos em revista) nas áreas de Sismologia e Engenharia Sísmica
Os autores deverão ser membros da SPES. Excepcionalmente, poderão ser aceites candidaturas de artigos cujos autores não sejam membros da SPES desde que a sua actividade de investigação não esteja comprovadamente centrada na área da Sismologia e Engenharia Sísmica ou se forem estrangeiros sem afiliação portuguesa.
Usufruir de descontos no valor da inscrição em eventos organizados pela SPES
Concorrer ao Prémio Carlos Sousa Oliveira
Aceder a biblioteca de recursos privilegiados na área da Sismologia e da Engenharia Sísmica
Receber as newsletters da SPES por correio electrónico
Participar em fóruns de discussão de assuntos de interesse nacional na área da Sismologia e da Engenharia Sísmica.
O Instituto Português do Mar e da Atmosfera, o Instituto Superior Técnico, a Faculdade de Ciências e o laboratório associado Instituto Dom Luiz estão a lançar um inquérito macrosísmico nacional por ocasião dos 50 anos sobre o grande sismo de 1969.
O Instituto Português do Mar e da Atmosfera, o Instituto Superior Técnico, a Faculdade de Ciências e o laboratório associado Instituto Dom Luiz estão a lançar um inquérito macrosísmico nacional por ocasião dos 50 anos sobre o grande sismo de 1969.
Este é o sismo de maior magnitude sentido na Europa desde o grande terramoto de Lisboa de 1755. Ocorreu na madrugada de 28 de fevereiro de 1969 tendo gerado alarme e pânico entre a população, cortes nas telecomunicações e no fornecimento de energia elétrica. Para além do continente português, foi sentido na Madeira, Espanha, Marrocos e França, com registo de vítimas mortais em Portugal e Marrocos, tendo ainda sido gerado um pequeno tsunami registado instrumentalmente.
O sismo ocorreu numa época em que a instrumentação sísmica não estava ainda suficientemente desenvolvida, sendo fundamental complementar os poucos registos instrumentais de então com os testemunhos da população afetada. Neste momento, as tecnologias de comunicação permitem uma recolha de dados muito mais alargada do que a que foi possível naquele tempo. E, por motivos facilmente compreensíveis, não haverá no futuro outra ocasião com este significado e com real possibilidade de se salvaguardar esta memória. É por isso agora o momento certo para realizar um inquérito macrosísmico sobre os efeitos deste sismo tão importante.
Completam-se em 28 de fevereiro de 2019 cinquenta anos sobre a ocorrência do sismo que no século passado, a seguir ao sismo de Benavente de 1909, causou danos mais importantes no território continental.
28 de fevereiro 2019 14h30 - entrada livre
Sessão pública sobre “O Risco Sísmico em Portugal”
Auditório Paços do ConCelho Séc. XXI Câmara Municipal de Lagos
O sismo de 28 de fevereiro de 1969 teve epicentro na zona do banco de Goringe (a sudoeste do cabo de S. Vicente), uma magnitude estimada em 7.9, uma intensidade máxima entre VII e VIII e sentiu-se em todo o país com maiores danos no barlavento algarvio, causando um número não determinado de mortos (referências apontam para treze mortes, embora apenas duas devido aos efeitos diretos do sismo).
Foi o último sismo a provocar danos importantes e vítimas em Portugal continental, causando o pânico entre a população, o colapso de algumas estruturas, cortes nas redes elétrica e telefónica, tendo portanto ficado gravado na memória de todos os que o sentiram, embora a consciência coletiva sobre o risco sísmico se dilua com o tempo, pelo que o assinalar desta efeméride é importante para recuperar essa perceção.
A Sociedade Portuguesa de Engenharia Sísmica (Vulcania), a Associação Portuguesa de Meteorologia e Geofísica (APMG) e a Câmara Municipal de Lagos decidiram promover uma sessão evocativa do sismo, visando a sensibilização da população e a chamada de atenção para o risco sísmico em Portugal, envolvendo quem tem responsabilidades no estudo, definição e implementação de medidas que garantam a minimização deste risco.
Abertura dos trabalhos
Maria Joaquina Matos, Presidente da Câmara Municipal de Lagos
Contribuição da Geofísica para a minimização do risco sísmico
Olavo Rasquinho (em representação da Associação Portuguesa de Meteorologia e Geofísica)
Contribuição da Engenharia para a minimização do risco sísmico
João Azevedo (Presidente da Sociedade Portuguesa de Engenharia Sísmica)
A perigosidade sísmica em Portugal
Miguel Miranda (Presidente do Instituto Português do Mar e da Atmosfera)
Os Congressos Nacionais de Sismologia e Engenharia Sísmica realizam-se a cada 3 anos. Consulte, aqui, os artigos publicados nas atas dos congressos.
As Assembleias Gerais da SPES, integram, desde 2014, um seminário temático. Consulte, aqui, as atas e o programa e apresentações dos seminários
Morada: Av. do Brasil, 101
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Portugal
Telefone: (+351)21 844 32 91
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